Sunday, July 12, 2020

Eleição Americana: "hispânicos" poderão decidir os destinos do país




Recentemente o U.S. Census Bureau divulgou que os "hispânicos" registram um novo recorde de quase 61 milhões de habitantes. "Hispânicos" representam uma nova "etnia" criada pela burocracia da imigração americana, originária de 20 países de diferentes culturas, cujos traços de união são o idioma espanhol e (na sua maioria) a antipatia pelo Presidente Ronald Trump, o que acreditam seja recíproca.

"Uma análise do Pew Research Center dos dados recém-divulgados descobriu que a população hispânica em 2019 era de 60,6 milhões, um aumento de 930.000 em relação a 2018. Ela saltou cerca de 10 milhões em nove anos." Em 2016, esse grupamento social votou a favor de Hillary Clinton, na proporção de 66% a 28% para Trump. Há uma percepção dos candidatos e seus executivos responsáveis pelas respectivas campanhas que os ditos "hispânicos" poderão decidir os destinos do país.

Os mexicanos representam cerca de 60% dos ditos "hispânicos" e vivem principalmente no Texas e na Califórnia. Os porto-riquenhos vivem predominantemente em Nova York e são cidadãos americanos enquanto os dominicanos dividem-se entre Nova York e a Flórida, onde os cubanos são maioria.

"Nas eleições presidenciais de novembro de 2020, os 'hispânicos' serão, pela primeira vez, o maior grupo étnico do eleitorado, ao representarem 13% dos eleitores, segundo o instituto Pew." Esse grupamento étnico poderá decidir a eleição de 2020, considerando as decisões do Presidente Trump ao enrijecer os procedimentos de contenção da imigração ilegal e bloqueando a entrada de imigrantes legais.

Até o início da crise do CoronaVírus, os Republicanos contavam como certa a reeleição do Presidente. Seu grande trunfo era a economia que atravessava um momento de grande euforia. Pleno emprego, crescimento do PIB, corte de impostos para empresas, além de medidas para redução da burocracia e de incentivo para produção dentro do país, fizeram com que houvesse uma geração de valor no mercado financeiro americano.

Com o aparecimento da pandemia a economia derreteu, enquanto a maneira errática do Presidente na condução das medidas de contenção do vírus fizeram com que a vantagem inicial fosse desidratando, de sorte que as pesquisas de opinião recentes refletem uma clara vantagem do ex-Vice Presidente Joe Biden, candidato Democrata.

É bem verdade que faltam quase quatro meses para o dia da eleição, portanto o jogo ainda não está jogado, mas a grande maioria dos analistas políticos acreditam que a tendência é que o Democrata consolide sua maioria nos chamados "swing states", o que lhe asseguraria sua vitória no colégio eleitoral. A confirmar-se esse cenário, Donald Trump entraria para o desconfortável grupo de apenas 4 Presidentes que não conseguiram a reeleição nos últimos 100 anos.

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